Dilma mentiu à nação em rede de TV durante pronunciamento quando disse que não faria barganha, garante Eduardo Cunha.
A presidente Dilma Rousseff enfrenta mais um constrangimento público ao ser desmentida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que garantiu que o governo tentou uma barganha para aprovar a CPMF e impedir o processo de impeachment.
Cunha afirmou que a "barganha" proposta por Dilma envolvia "os votos do PT [no Conselho de Ética] e o comprometimento da aprovação da CPMF". Em troca, ele não acolheria o processo de impeachment.
"Eu quero deixar bem claro que a presidente mentiu à nação quando disse que o seu governo não autorizou qualquer barganha. Ela simplesmente estava participando de uma negociação", afirmou o presidente da Câmara.
Cunha citou as
insistentes tentativas do Ministro Jaques Wagner, autorizado por Dilma a
negociar um acordo com o governo. O presidente da Câmara foi categórico ao
afirmar que Dilma mentiu à nação em pronunciamento sobre o acolhimento do
processo de impeachment.
No
pronunciamento, Dilma foi bastante clara ao negar qualquer tipo de acordo com
Cunha:
"Eu
jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipos de barganha, muito menos
aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas
do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que
devem governar a vida pública", afirmou a presidente, hoje desmentida por
Eduardo Cunha.
"André Moura que esteve com ela, levado pelo Wagner. A barganha veio sim, proposta pelo governo, e eu me recusei a aceitar. A presidente mentiu, esse é o ponto fundamental que eu queria dizer", continuou Cunha.
"Se eu for contar cada diálogo que tive com o Ministro Jaques Wagner vocês vão ficar escandalizados", afirmou.
"Se eu for contar cada diálogo que tive com o Ministro Jaques Wagner vocês vão ficar escandalizados", afirmou.
@muylaerte