Num claro
desafio à proposta do recém-eleito presidente da Argentina, Mauricio Macri, a
presidente Dilma Rousseff deixou claro que não pretende apoiar as movimentações
da Argentina que poderiam acabar levando à exclusão do país do Mercosul.
— A cláusula
democrática é integrante do acordo do Mercosul. Ela já existe. Agora, pra
usá-la, não pode usar com hipóteses. É preciso qualificar o fato. Para se
colocar a cláusula democrática, tem de se colocar sobre fatos determinados, afirmou
Dilma em coletiva antes de deixar a Conferência do Clima de volta ao Brasil.
Enquanto líderes e ex-chefes de Estado de vários países fizeram um apelo conjunto para que a Venezuela respeite o processo democrático, A presidente Dilma Rousseff tenta colocar panos quentes nas flagrantes violações dos direitos humanos ocorridos ao longo do governo de Maduro, de quem Dilma é aliada.
Entre os líderes e ex-chefes de Estado que
fizeram um apelo conjunto para que a Venezuela respeite o processo democrático
estão Mariano Rajoy (atual presidente de governo espanhol), Manuel Valls
(premier da França) e David Cameron (premier britânico) se uniram, entre
outros, aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Lagos (Chile) e
Felipe González (do governo da Espanha), no comunicado, intitulado “Venezuela
grita ‘liberdade’”.