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Após silêncio no Brasil, Dilma tenta se promover no exterior com a tragédia em Mariana.


Após a inércia do governo brasileiro perante a tragédia na cidade de Mariana, MG, s presidente Dilma Rousseff abriu seu discurso na COP-21, a 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas tentando se promover internacionalmente com um discurso mais duro e atribuindo o acidente à irresponsabilidade das empresas.

Dilma participou nesta segunda-feira (30),  da Conferência do Clima  em Paris, classificando o rompimento da barragem de Mariana "como o maior desastre ambiental da história do Brasil", e prometendo punições severas para os responsáveis.

— A ação irresponsável de empresas provocou o maior desastre ambiental na história do Brasil na grande bacia hidrográfica do rio Doce. Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia, afirmou Dilma, numa postura completamente diferente daquela que manteve perante os brasileiros.


Dilma recebeu duras críticas de especialistas da ONU justamente por sua postura pouco efetiva: "As providências tomadas pelo governo brasileiro, a Vale e a BHP para prevenir danos foram claramente insuficientes. As empresas e o governo deveriam estar fazendo tudo que podem para prevenir mais problemas, o que inclui a exposição a metais pesados e substâncias tóxicas. Este não é o momento para posturas defensivas", disseram os especialistas no comunicado.

O relator especial da Organização das Nações Unidas para Direitos Humanos e Substâncias Tóxicas, Baskut Tuncak, nçao se deixou influenciar pelo Marketing de Dilma e disparou: “A atenção dada ao desastre ambiental de Mariana não foi proporcional à dimensão da tragédia”.

Em entrevista à BBC Brasil, ele criticou ainda a falta de transparência sobre as causas do acidente e disse estar preocupado com o futuro da região.

"A severidade do desastre e a ausência de informações sobre as causas do incidente demandam um escrutínio muito maior e um debate público mais forte", disse Tuncak.

"Francamente, estamos vendo uma falta de responsabilidade das empresas e do governo que não correspondem ao tamanho do estrago e do risco para o meio ambiente", afirmou Tuncak.


"O público tem o direito de saber por que isso aconteceu e os impactos em potencial desse desastre", disse.

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